28/05/08

Mais Confortável

No meio de tanta complicação, hajam boas novas. Revendo este capítulo que ainda está por encerrar, lembro que para me candidatar ao ensino superior fui submetido a duas simples provas, que se tornaram mais importantes do que aquilo que, a meu ver, visavam ser.
A primeira consistia na apresentação de um portfólio onde mostrasse o que tinha aprendido nos últimos três anos, e como este foi lançado para um monte de outros candidatos que possivelmente fizeram o seu secundário num curso de artes, diga-se que não comecei em pé de igualdade. Depois de esse felizmente ter sido aprovado, e pensava eu que com alguma folga, fui submetido a uma entrevista em que, de uma forma muito crua de se explicar, fui puxado e estatelado em terra firme. Não que os senhores tenham sido arrogantes, pelo contrário, mas tal foi a simpatia que se dedicaram a mostrar onde tinha falhado no portfólio, e deixaram inclusivamente a ideia de que passei "à rasca". O resto da entrevista foi, como seria de esperar, um diálogo. Queriam conhecer-me, e conhecer o meu interesse e empenho no curso, e admito ter adorado a experiência, não a trocava por nada, mas a verdade é que perante as questões colocadas nem eu sabia o que pensar, quanto mais responder de forma a agradar ás entidades que me inquiriam.
Saí de lá completamente perdido, e nas semanas que se sucederam passei por alguns vales de espírito e consciência, onde me perguntei varias vezes se afinal seria este o meu meio e se me estava a meter no sítio certo. Não por causa da entrevista, mas sim das perguntas que me foram feitas, e o que as mesmas me fizeram aperceber, acreditar ou desacreditar.
Ontem, e já muito depois dos resultados terem sido anunciados passei por um episódio caricato, onde num computador desprevenido tentei abrir "o" documento, que se encontrava em formato .pdf. Ora está-se mesmo a ver a internet móvel da TMN, "ultra rápida" como esta se auto-intitula, que não demorou nada mais nada menos que meia hora para fazer o download do Acrobat Reader. Mais uns minutos para instalação, e em alto suspense lá olhei para o resultado que demorei mais uns tantos a absorver. Por obra e graça de vá-se lá saber o quê, contra todas as minhas expectativas, estou oficialmente aprovado a candidatar-me ao curso de Design Gráfico e Publicidade.
Verdade seja dita, tanto não é caso para tamanha alegria, como também continuo sem perceber bem o que pretendem eles transmitir, ao submeter futuros alunos a um processo tão... "VIP". Mas a verdade é que se podem dar ao luxo de o fazer, e espero assim encontrar um ambiente competitivo, que sempre foi tão bom para o desenvolvimento de seja lá o que for!
Agora, confetis varridos no chão, falta acabar o secundário primeiro, e isso... vai no bom caminho, mas ainda vai dar que falar.

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