23/11/08

Tempo de Antena

O colega cujo devia ter acompanhado no concerto, do qual estou farto de frisar que não pude ir, teve a agradável iniciativa de escrever um texto que reflecte a sua opinião da coisa... Visto que merece, eis o seu tempo de antena:

"11 de Novembro de 2008: o sítio é a Praça de Touros do Campo Pequeno, na capital da "ocidental praia lusitana". O motivo é um concerto de uma música que não sei bem descrever, apenas consigo dizer que é melódica, apesar de ter uns rasganços fantásticos; é muito instrumental, apesar de ter uma voz doce a pronunciar magicamente islandês. São os Sigur Rós, 4 islandeses que fazem música maravilhosa e que maravilha.

Antes do principal atractivo da noite, uma surpresa vinda da Islândia: For A Minor Reflection. Bons... Muito bons! O aquecimento ideal para o concerto perfeito.

Já em palco, os Sigur Rós revelam-se uns autênticos mestres, dando às melodias serenas que nos apresentam saídinhas do estúdio uma alma e ritmo eclécticos, tendo para tal um papel decisivo o vocalista e guitarrista Jónsi Birgisson, que tem a particularidade de não largar o arco (usualmente usado em violinos) durante todo o concerto.

As 3 primeiras músicas foram uma viagem aos primeiros trabalhos da banda, tendo o primeiro tema deixado-me completamente doido: svefn-g-englar, o meu tema preferido do conjunto. Seguiu-se Ný Batterí e Fljótavik antes do primeiro tema do mais recente trabalho (Með Suð Í Eyrum Við Spilum Endalaust), Við Spilum Endalaust. Até ao encore seguiram-se 8 músicas, sempre com uma componente visual bastante marcada. A música mais esperada, também por ser o single do último trabalho, veio antes do encore, e teve a presença dos For A Minor Reflection a fazer a percursão. Um show de luzes e confetis tomou conta do recinto, enquanto todos se levantavam e batiam palmas ao ritmo frenético da bateria. Subiram então a palco para mais 3 temas, o último dos quais durou quase 15 minutos, tendo o vocalista deixado-se levar e acabar por mandar um dos monitores de palco ao chão e atirar com a guitarra e microfone ao chão.

Foi uma noite de magia, nostalgia, quiçá maravilha. Uma noite eterna, jamais efémera, resplandecente de sabores infindáveis. Uma sentida e prolongada vénia finalizou um concerto que dificilmente terá igual."

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