Mistabishi

Adoro quando, a vaguear aleatoriamente, a seguir links porque me parecem remotamente interessantes, acabo a descobrir pérolas escondidas que me satisfazem imensamente, nem que seja por pouco tempo. Mistabishi foi a de ontem.

É um artista que cresceu subitamente na electrónica, com uma das suas primeiras faixas editadas a ter tempo de antena na rádio (no Reino Unido), e a ser bem recebido pelos que apreciam o género. Drum & Bass é recebido relativamente bem pelo mundo inteiro, com focos de apreciadores aquí e acolá, mas Mistabishi não joga pelo seguro, e é memorável como o experimentalismo deste, contra a regra, consegue atrair mais que o convencionalismo. Printer Jam, uma faixa construída com samples de uma impressora em funcionamento à mistura, parece atrair curiosos ao trabalho do artista.
O seu primeiro álbum chama-se "Drop", lançado em Fevereiro deste ano, e é uma viagem gratificante por entre invenções, por falta de termo melhor, num género que muitas vezes tenho como cansativo. Não sendo "Drop" um exemplo disso, algumas faixas podem-se classificar como "Drum", efectivamente, mas a coisa muda de figura no decorrer do álbum quando o passo decresce, mantendo a intensidade imaculada, e entra uma onda de dubstep pouco definida.
Passo ao exemplo que, melhor que letras, transmite a aura do trabalho de Mistabishi:

E é dos tais casos em que me tenho que limitar a uma faixa apenas, para não cair na tentação de colocar o álbum todo, mas recomendo vivamente que se dê uma espreitadela no resto, para quem aprecia o género.