20/09/08

Tropic Thunder

Ir ao cinema com amigos para os primatas dos novos tempos (também conhecidos como totós, sem-vida, ou em alguns casos mais requintados, nerds e geeks) pode-se tornar complicado. Das duas uma, ou me sinto na obrigação de gastar o dinheiro de um bilhete num filme decente, e "filme decente" é daqueles conceitos que em grupos de amigos torna-se diferente, ou então tomo a decisão de escolher um filme que se adeqúe à ocasião, e corro o risco de nem me satisfazer, nem de agradar aos pobres coitados que seguiram o meu conselho.
Numa dessas dadas ocasiões, na passada sexta feira, decidi fazer uma forcinha para que se fosse ver o Tropic Thunder, não só por que sabia que contava com a sua dose de parvalheira, como tinha boa fé no mesmo. Abençoada escolha... Não porque a catch frase em português era "Toma lá disto", mas sim por que este filme é mais do que algo que daquí a uns meses comece a passar nas tardes da SIC. O plantel conta com uma mão cheia de conhecidos e bons actores, dos quais se pode destacar Tom Cruise, uma historiazinha minimamente diferente do que se costuma ver no género, e por fim a imprescindível dose de parvalheira com que já se podia contar, se bem que esta até se pode chamar "parvalheira da boa". O que torna Tropic Thunder diferente das outras comédias, é que este até tem valores de produção, e quando a certo ponto se entra num cenário de guerra, os efeitos especiais dão algo mais à pelicula. Posso mesmo comparar Tropic Thunder a Knocked Up no que toca ao tipo de humor que se faz. Durante todo o filme há referências a elementos da cultura contemporânea, detalhes engraçados que podem muito bem escapar à maioria do público, no entanto dando-lhe toda um boost no requinte.
Ok, talvez esteja a sobrevalorizar o filme, mas é mais um caso a juntar aos que me apanham de surpresa, e não posso esconder que foi dos poucos até hoje que me fizeram rir descontroladamente, nomeadamente na cena em que o produtor rico, arrogante e frio, intrepertado pelo já mencionado Tom Cruise, tenta convencer outro personagem a ceder à sua argumentação, ilustrando-a com uma dança que se já só por si era ridícula, então feita pelo actor que todos temos maioritariamente como herói e figura respeitável, é um feito de louvar.

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