25/05/08

Zeitgeist

Longe de mim sempre esteve a ideia de que algum dia iria ter que trazer política a este blog, tanto nacional como internacional, e então tratando-se maioritariamente de uma questão Americana, admito que me custa, não só pela minha parcial ignorância como também pelo contributo que faço na enchente de informação, relativamente a este tema.
Zeitgeist é um daqueles documentários que se deve cortar pela metade os acontecimentos ditos como factos, as frases ditas como citações, e os documentos que dizem provar alguma coisa. O facto impressionante é que mesmo assim não consegui deixar de pensar na mensagem transmitida, mesmo sendo esta nada do que eu esperava. Quando descobri este título, vi apenas uns segundos do seu início, e sendo o seu primeiro capítulo baseado na religião e a sua face enganadora, tomei Zeitgeist como um documentário focado nesse aspecto. Assim que entrei no segundo capítulo, as coisas mudaram de figura, e apesar de ver onde afinal ia acabar, mantive a atenção focada em tentar entender o que era apresentado. Mesmo cansado de ouvir, ler e debater toda a conspiração circundante ao onze de Setembro, a capacidade governamental da cabeça de cartaz Americana, e tudo o resto que advém dos anteriores, as argumentações e lógicas nesta grande "teoria da conspiração", dando o braço a torcer, admito que me fizeram rever o recente desinteresse que desenvolvi pela questão.
A ideia geral que corre pelo mundo acerca do presidente que se prepara para ser substituído, é que não se desempenha bem em público, tem tomado decisões que levaram ao declínio da sua nação, entre todo um mundo de conceitos que levam a odiar G. W. Bush, mas assim mesmo, e podendo ser este o método mais correcto de fazer chegar a sua mensagem ao público alvo, Zeitgeist não recorre ao presidente para falar do contemporâneo Americano, e sendo o onze de Setembro a íntegra do segundo capítulo de um total de três, é impressionante como consegue rever a falsidade da demolição das torres, do alegado avião que embateu no pentágono, e muitas mais outras questões, sem pegar nas já exaustas argumentações.
São duas horas de uma conspiração que se constrói sobre bases bem assentes, desenvolve-se recorrendo à história do país e personalidades que ainda hoje influenciam o mundo como ele é, entregando a chave de ouro, não para encerrar a peça em grande, mas para abrir os olhos perante uma situação que não é só do continente adjacente.
Tive dificuldade em acompanhar certos passos do raciocínio, mais uma vez pela minha ignorância perante certos factos, e também por uma legendagem que, mesmo se bem feita, não iria transmitir todo o poder do diálogo.
Zeitgeist deve ser visto e interiorizado, nunca deixando, claro, de usar o espírito crítico e pensar antes de tomar qualquer posição, nunca baseá-la apenas nesta apresentação de um ponto de vista.

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